sábado, 30 de maio de 2009

No bolso da calça Jens

Cada dia que passa nos surpreendemos com as peças que a vida nos prega. Digo “nós” porque se você ainda não passou por uma situação assim ira passar um dia.
Tem coisas que nos causam risos. Percebemos que estamos voltando há um momento remoto da nossa personalidade.
O amor é retado para fazer essas picuinhas, e nos coloca em cada situação engraçada.
É estranho gostar de uma pessoa da forma que gostávamos quando éramos crianças.
Amor puro, sonhos freqüentes, frio no pé da barriga quando avistamos a pessoa que nos desperta para um sol que não queima mesmo se ficarmos expostos por muito tempo. Um sol que cativa, que aquece o nosso coração e deixa o pronto para assar mais uma torrada e levar no quarto para a pessoa que zela pelo teu sono todas as noites.
Seria tudo perfeito se soubéssemos amar sem medidas, sem barreiras e sem prévias avaliações sócio políticas, econômicas e raciais, pois o amor é o todo. O todo que não se faz fraguimentos de amor. Não se ama pela metade, não se ama como amigo, não se ama com homem nem como mulher. Apenas amamos.
Somos capazes de amar sim. Afirmo isso porque amo. Mas em contra partida que tinha que ser do contra mesmo, nos limitamos a demonstrar esse amor e viver o que o coração pede. Alias, pede não, ordena.
Estou sem rumo. Não porque esteja sem perspectivas para viver, mas sim porque estou amando. Quero apenas caminhar nas sombras das jaqueiras, correr feito criança pelos gramados, tomar banho de rio, de mar,... “ó mar da minha infância, no tempo em que eu era criança, a ti ia confessar meus pecados ingênuos de menino”. Quero ser o eu que te faz bem. Quero ser o eu que você pensa. E afirmo que isso não é uma ausência de personalidade, mas sim, a existência de uma personalidade formada que tem como base principal o verbo que se fez carne.
Pois é,... como diria um amigo meu: “Estou lascado”. Uma forma quase que agressiva para se falar do amor, mas de fato estou lascado mesmo. Ela me pegou de um jeito que nem senti as suas mãos correrem meu corpo, mas sinto seu coração pulsando junto ao meu peito, sinto seus cabelos rabiscando meu rosto, seus dedos modelando minha face pouco estética e seus beijos depositando grandes frações de esperança em mim.
Em fim... não posso negar que estou apaixonado por essa mulher que tanto enlouqueceu o juízo que eu jurava ser racional.
Ela me roubou. Roubou a base dos meus pensamentos. De uma forma sutil conquistou todos os espaços que até então estavam vazios. A única coisa que não me ajuda, é que ela não sabe disso.
Sabem,... as pessoas falam “eu te amo” como se fosse uma saudação diária, e isso desfez o sentido real do “eu te amo” e por conseqüência disso, quando eu digo que a amo ela não tem a idéia do que falei.
Mas vamos que vamos.... está sendo muito bom. Sonhos bons, pensamentos bons, amizades ótimas e boas perspectivas para o “futuro”. Tudo isso porque estou amando uma mulher que mostrou me um pouco do que é capaz.e olhe que foi apenas um pouquinho. Imagine o que ela pode fazer comigo.
Um ser fantástico, que me colocou no bolso da sua calça Jens.





Lucas Santana

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